Palácio Nacional de Queluz | Palácio Nacional de Sintra | Parque e Palácio de Monserrate | Convento dos Capuchos | Farol Cabo da Roca
Acompanhe o trajeto do sol e venha passar um dia a Sintra, percorrendo os palácios e pontos de interesse de nascente a poente.
Manhã
Comece o dia com uma visita ao Palácio Nacional de Queluz e os seus Jardins, onde a luz tem mais brilho e onde a ordem, o equilíbrio e o belo se conjugam harmoniosamente.
Sala do Trono
Esta é a principal sala de aparato do palácio. Foi construída após o casamento de D. Pedro com D. Maria I, em 1768.
Sala da Música
É uma das salas mais antigas do palácio, concluída em 1759 e decorada com elementos alusivos à música.
Corredor das Mangas
Revestida a azulejos policromáticos neoclássicos, este colorido corredor de passagem é decorado com representações das estações do ano, dos continentes, cenas da mitologia clássica, singeries, chinoiseries e cenas de caça.
Sala dos Embaixadores
É também designada por Sala dos Serenins, por ser o local onde eram promovidos concertos por D. Pedro e D. Maria I.
Quarto D. Quixote
Este quarto estilo rococó é decorado com pinturas que representam episódios da obra de Cervantes, El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de la Mancha. Foi neste quarto que nasceu e morreu D. Pedro IV, Rei de Portugal e I Imperador do Brasil.
Cafetaria
Antes de iniciar o percurso pelos Jardins, pode retemperar energias na Cafetaria do Palácio, desfrutando do terraço com vista sobre o Canal dos Azulejos e o verde envolvente.
Canal dos Azulejos
O Canal dos Azulejos era um espaço vocacionado para o lazer e entretenimento da Família Real e da corte, que proporcionava o cenário ideal para realizar passeios de gôndola no canal, representações teatrais, serões musicais e literários, bailes de máscaras, jogos e récitas ao ar livre.
Jardim Botânico
Construído entre 1769 e 1776, o Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz foi concebido de acordo com o gosto colecionista da época e alimentado pela descoberta das curiosidades do Novo Mundo e pelas ideias que fervilhavam na mente dos naturalistas. Aqui se reunia uma coleção botânica e eram aqui igualmente plantados ananases, fruto especialmente apreciado por D. Pedro III que era depois servido nos banquetes reais como uma iguaria exótica.
Bosquete
Constituído por 38 talhões, o Bosquete é um elemento essencial no conceito dos jardins setecentistas, enquadrando e realçando os delicados jardins desenhados nas zonas planas, proporcionando efeitos de perspetiva, criando zonas de sombra e oferecendo escala ao jardim.
Jardins de Aparato
Os Jardins de Aparato do Palácio de Queluz, o Jardim de Malta e o Jardim Pênsil, foram concebidos no enquadramento das fachadas interiores, correspondentes aos corpos do edifício que encerram as Sala do Trono e dos Embaixadores. Projetados de acordo com os preceitos de composição dos jardins setecentistas, que refletiam os valores de ordem, clareza, proporção e harmonia, são jardins em parterre (superfície plana) compostos por desenhos geométricos, como se fossem bordados ou tapetes, e pensados para serem apreciados como peças de arte. As linhas e os ornamentos de buxo eram talhados a um nível baixo, para que os desenhos pudessem ser observados, e as peças de água, as balaustradas e a estatuária, esculpida em pedra e em chumbo, completavam o conjunto.
MANHÃ
Depois de emergir do luxo e da opulência setecentista, viaje até ao centro histórico de Sintra, onde irá encontrar o palácio mais antigo de Portugal, que atravessou toda a história do país.
Sala dos Cisnes
Os cisnes brancos que decoram o teto desta sala contribuem para o nome por que é conhecida. É a maior sala do palácio e aqui aconteciam as funções mais relevantes, como receções de embaixadas, banquetes e celebrações.
Sala das Pegas
O nome desta sala deve-se às 136 pegas pintadas no teto. As aves seguram nos bicos a tarja com a divisa de D. João I, “por bem”, e nas patas, a rosa que poderá ser uma alusão à Casa de Lencaste (Lancaster), à qual pertencia a rainha D. Filipa.
Sala dos Brasões
Localizada no ponto mais elevado do Palácio, a Sala dos Brasões é o expoente máximo da intervenção manuelina no edifício e a mais importante sala heráldica de toda a Europa.
Aposentos de D. Maria Pia
Localizados no piso superior da ala nascente do palácio, estes aposentos foram utilizados por D. Maria Pia de Saboia (1847-1911), a última rainha a habitar este palácio.
Jardim da Preta
Nos jardins do Palácio Nacional de Sintra, não deixe de visitar o Jardim da Preta, recentemente restaurado, cuja designação se deve à singular figura em relevo de uma mulher negra, que ornamenta este local.
TARDE
Depois de visitar o palácio em que, ao longo dos séculos, a corte Portuguesa procurava refúgio nos meses de verão, rume agora ao Parque e Palácio de Monserrate, uma das mais belas criações paisagísticas do Romantismo e o mais significativo jardim inglês em Portugal. Obra do pensamento de Sir Francis Cook, o palácio e o parque circundante atraíram e inspiraram inúmeros viajantes, escritores e artistas no século XIX.
Casa de chá
Ao chegar, aproveite a serenidade e a frescura da Sala de Chá, localizada no coração do jardim, para almoçar.
(Em determinadas alturas do ano, o serviço de cafetaria poderá estar encerrado. Consulte a página dedicada às cafetarias e restaurantes para mais informações.)
Cascata de Beckford
Depois de um almoço revigorante, é hora de explorar o parque. Inicie o percurso pela Cascata atribuída a William Beckford, escritor inglês que habitou Monserrate em finais do séc. XVIII. É uma cascata artificial rodeada por espécies botânicas dos quatro cantos do mundo e um local perfeito para tirar várias fotografias.
Vale dos Fetos
O Parque de Monserrate integra uma notável coleção botânica, com espécies de todo o mundo. O caminho que desce da Cascata percorre o Vale dos Fetos, cujas condições climáticas muito particulares permitiram a Sir Francis Cook, proprietário de Monserrate no séc. XIX e principal responsável pelo jardim e palácio que hoje é possível conhecer, reunir aqui uma notável coleção de fetos, de que se destacam os Fetos-arbóreos, oriundos da Austrália e da Nova Zelândia e que eram muito apreciados na Europa, à época, pelo seu exotismo.
Ruína
Falsas ruínas engolidas pela vegetação, como esta que se encontra a meia encosta, no fim do Vale dos Fetos, eram elementos incontornáveis nos jardins românticos, que tinham como uma das principais premissas proporcionar ao visitante múltiplas viagens na sua imaginação: viagens no espaço, através do exotismo das coleções botânicas, ou de referências arquitetónicas, e viagens no tempo, através de construções como esta. Aceite o convite de Sir Francis Cook para viajar no tempo e no espaço, antes de continuar o seu percurso.
Jardim do México
Continuando o caminho que percorre a encosta fresca e sombria da Ruína de Monserrate, chega-se à zona mais quente e seca de Monserrate, onde se encontra o Jardim do México. Este jardim reúne coleções de plantas de climas quentes, como Palmeiras, Yuccas, Nolinas, Agaves e Cicas.
Relvado
O Relvado oferece uma merecida pausa de descanso da caminhada, com belas vistas sobre a diversidade de copas do parque e o oceano. Este é o primeiro relvado plantado em Portugal, tendo a sua grande extensão e curvatura exigido, na altura, a conceção de um engenhoso sistema de rega com base na gravidade.
Galeria Central
Ao entrar no Palácio, observe o exotismo dos motivos vegetalistas e os rendilhados dos seus elementos decorativos, que prolongam a natureza exterior para os ambientes interiores e reproduzem os jogos de luz e de sombra que se sentem no jardim, sob as copas das árvores.
Sala da Música
Esta sala de planta circular ocupa a totalidade da torre norte do edifício. A cúpula, cuja base exibe bustos de inspiração neoclássica alusivos às Artes, oferece excelentes condições acústicas, que eram aproveitadas nos recitais que a família Cook promovia, quando habitava Monserrate durante os meses de verão.
Biblioteca
A Biblioteca era a única divisão deste piso que tinha porta. Com as paredes revestidas a estantes, tinha como peça central de mobiliário uma grande secretária de madeira de raiz de nogueira e, por cima da lareira, apresentava-se uma panóplia de armas.
Caminho perfumado
Depois da visita ao palácio, o regresso ao portão de saída do parque atravessa o Caminho Perfumado, ladeado por duas pérgulas em que crescem trepadeiras, como glicínias e madressilva, que exibem uma aromática floração na primavera e no início do verão.
TARDE
Viaje agora de Monserrate até ao Convento dos Capuchos, passando, primeiro, por Colares e, depois, pela localidade de Pé da Serra, onde encontrará indicações para o Convento dos Capuchos. Este percurso tem uma duração de cerca de 30 minutos.
Terreiro das Cruzes
A descoberta desta singular casa conventual, fundada em 1560 e habitada por frades franciscanos durante quase 300 anos, tem início no Terreiro das Cruzes, a partir do qual se tem acesso ao convento através do Pórtico das Fragas, em que se tocava o sino para entrar. As três cruzes que assinalam o terreiro representam o Gólgota, em que Cristo foi crucificado.
Alpendre
O Alpendre de entrada no convento era acessível aos peregrinos. Através de linguagem simbólica, os elementos decorativos permitiam a quem aqui chegava compreender as orientações de vida dos fades que habitavam o convento. Os três nós do cordão simbolizam os três votos destes homens: o de pobreza, o de obediência e o de castidade.
Igreja
Esta singular igreja assemelha-se a uma gruta, evocando a lenda da fundação do convento segundo a qual o Rei D. João III caçava nestas serranias num dia quente de verão e, sofrendo de cansaço provocado pela agitação da caça e pelo calor, procurou o abrigo sombrio de uma grande rocha de granito sob a qual acabou por adormecer. Reza a lenda que, enquanto dormia, o Rei sonhou com anjos que adoravam a Santa Cruz na concavidade da lapa sob a qual descansava e, ao acordar, ordenou para esse local a fundação de um convento consagrado à Santa Cruz, com a qual havia sonhado, a ser entregue à ordem Franciscana.
Claustro e Mata da cerca conventual
No claustro, rodeado por uma densa mata de vegetação autóctone, praticava-se o exercício da contemplação. A pequena mata da cerca do convento beneficiou da proteção dos religiosos durante séculos, tendo sobrevivido à intensa desflorestação que a serra de Sintra sofreu, e constitui, hoje, a mancha mais antiga de vegetação nativa sintrense.
TARDE
Termine o dia no ponto mais ocidental, não só da Serra de Sintra, como também do continente europeu. Para o efeito, deve retomar a estrada até à localidade de Pé da Serra e daí seguir para sul, na direção de Cascais, e seguir as indicações até ao Cabo da Roca.
Farol
Em funcionamento desde 1772, este é um dos faróis mais antigos de Portugal. A sua torre imponente, de 22 metros de altura, e a sua cor vermelha fazem com que este promontório nunca passe despercebido.