Filipa Saraiva e Adriana Soares vencem "Prémio Palácio Nacional de Sintra, um olhar contemporâneo sobre o azulejo hispano-mourisco”
18 nov. 2020
Filipa Saraiva e Adriana Soares são as vencedoras do "Prémio Palácio Nacional de Sintra, um olhar contemporâneo sobre o azulejo hispano-mourisco”, promovido pela Parques de Sintra, em parceria com a empresa Viúva Lamego. O trabalho de Filipa Saraiva, aluna da licenciatura em Comunicação e Design Multimédia, da Escola Superior de Educação de Coimbra, conquistou o prémio do júri − composto por personalidades de relevo na investigação histórica e museográfica do azulejo português, bem como por profissionais do design contemporâneo −, no valor de 4.000€. O prémio do público, no montante de 3.000€, foi atribuído a Adriana Soares, estudante de Arquitetura, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. A cerimónia de entrega de prémios estava marcada para hoje, 18 de novembro, no Palácio Nacional de Sintra, mas foi cancelada na sequência das medidas extraordinárias decretadas pelo Governo, no âmbito do atual Estado de Emergência. Será reagendada, quando a situação sanitária o permitir.
O "Prémio Palácio Nacional de Sintra, um olhar contemporâneo sobre o azulejo hispano-mourisco” foi lançado no final de 2019 e pretendeu estimular uma abordagem atual à azulejaria, uma das expressões mais fortes da cultura portuguesa. O desafio, dirigido a estudantes universitários e do ensino secundário profissional artístico, consistiu na criação de novos padrões de azulejo inspirados na geometria dos exemplares hispano-mouriscos que marcam fortemente os revestimentos das salas do Palácio Nacional de Sintra, que exibe a maior coleção in situ da Europa deste tipo de azulejo, com uma variada combinação de estilos, de motivos e de cores.
A organização recebeu mais de 210 candidaturas, apresentadas por alunos de norte a sul do país, tendo o júri selecionado 5 finalistas, cujos trabalhos foram produzidos pela empresa Viúva Lamego e expostos no Palácio Nacional de Sintra, onde decorreu a votação do público, entre 15 de julho e 31 de outubro, com mais de 2.000 votos registados. O júri atribuiu ainda 16 menções honrosas a trabalhos que foram divulgados tanto no website do concurso, como no Palácio, junto às candidaturas finalistas.
Com o anúncio dos trabalhos vencedores, conclui-se um concurso que combinou a criatividade artística com a valorização do património português, favorecendo a memória em torno da herança azulejar presente em Portugal.