Parques de Sintra substitui Cipreste-da-Califórnia do Parque da Pena

Esta semana, um novo Cipreste-da-Califórnia foi plantado no Parque da Pena, na zona da Feteira da Rainha. O jovem exemplar da espécie Cupressus macrocarpa, oferecido pela empresa Planta Livre, veio substituir o exemplar monumental plantado na segunda metade do século XIX, que, apesar de todos os esforços desenvolvidos pela Parques de Sintra, chegou ao fim do seu ciclo de vida, ao longo do qual nunca se reproduziu.

O Cipreste-da-Califórnia que existia no Parque da Pena começou a evidenciar sinais de redução de vigor vegetativo em 2012, com um acentuado decréscimo do número de folhas e a proliferação de ramos secos. Nessa altura, a Parques de Sintra iniciou um processo de acompanhamento e monitorização da evolução do estado fitossanitário do exemplar, recorrendo a uma empresa especialista em arboricultura, tendo, em 2015, sido realizada uma poda sanitária e de segurança que incidiu nos ramos secos de maiores dimensões. Não se registando qualquer resposta vegetativa da árvore, o seu declínio progressivo foi novamente avaliado em 2021, concluindo-se que a elevada probabilidade de rutura colocava em risco a segurança, tanto de outros exemplares monumentais localizados nas imediações, como de pessoas e bens. Assim, esgotadas todas as possibilidades de reverter a degradação do único Cupressus macrocarpa do Parque da Pena, cujo ciclo de vida terminou, em janeiro deste ano procedeu-se ao seu desmonte, assegurando, desta forma, todas as condições de segurança e de circulação no local.

A plantação de um novo Cipreste-da-Califórnia permite repor o valor botânico do Parque da Pena no que respeita a esta espécie, que é rara em Portugal, e dar continuidade ao projeto de D. Fernando II. Movido pela paixão pelo colecionismo e pela botânica, o monarca reuniu, nos 85 hectares que circundam o Palácio da Pena, espécies florestais nativas de todos os continentes, transformando este parque no mais importante arboreto nacional.