Parques de Sintra divulga estatísticas de visitantes em 2020 e aposta na inovação para fazer face aos efeitos da pandemia
24 fev. 2021
Em 2020, os parques e monumentos sob gestão da Parques de Sintra registaram 730 483 entradas, uma descida de 80% face ao ano anterior. Muito embora em janeiro e fevereiro o volume de visitantes tenha ultrapassado os valores do período homólogo de 2019, a partir de março, coincidindo com o encerramento dos equipamentos culturais entre 14 de março e 18 de maio, devido ao Estado de Emergência decretado para conter a evolução da Covid-19, registou-se uma queda acentuada. Esta quebra reflete os efeitos da crise global no setor do turismo gerada pela pandemia, que a empresa procura contrariar apostando na inovação.
Após a reabertura, a Parques de Sintra levou a cabo um esforço de reinvenção e de adaptação à nova realidade, reformulando a sua oferta e a sua estratégia de comunicação. Os programas dirigidos às famílias foram ajustados para responder às novas necessidades, foram implementadas novas atividades e disponibilizadas experiências únicas, especialmente pensadas para que o público possa usufruir do património em segurança, como as “Visitas em Exclusivo”, as “Visitas aos Bastidores”, os “Dias do Piquenique”, os “Roteiros dos Parques e Palácios de Sintra”, o concurso de fotografia “Em cada canto um encanto” e os workshops de gin “A Alquimia da Natureza”. As normas de acesso ao património foram revistas para corresponderem a todas as diretivas emitidas pela Direção-Geral da Saúde e a empresa obteve o selo “Clean & Safe” do Turismo de Portugal, que garante a aplicação de procedimentos seguros no âmbito da prevenção da Covid-19.
A conjuntura adversa de pandemia, com frequentes restrições à mobilidade da população, impediu, contudo, a retoma. Assim, o património sob gestão da Parques de Sintra, que nos últimos anos apresentou um crescimento constante de visitas, tendo ultrapassado os 3,5 milhões de entradas em 2019, registou, em 2020, uma travagem brusca nesta tendência.
O Parque e Palácio Nacional da Pena (que inclui o Chalet da Condessa d’Edla) permaneceu o polo mais visitado, com 414 389 entradas, que traduzem um decréscimo de 81%. No Parque e Palácio de Monserrate e na Quintinha de Monserrate, verificaram-se as menores quebras: 59% e 51%, respetivamente.
No que se refere à proveniência dos visitantes, 81% chegaram do estrangeiro, enquanto 19% foram oriundos do território nacional. Estes valores evidenciam uma subida de 10% na percentagem de visitantes nacionais, já que em 2019 tinham representado 9%. Os países estrangeiros com maior expressão em termos de visitas foram o Reino Unido (19,8%), a França (11,4%) e a Espanha (9,5%).
Inovação é aposta para o futuro
Em 2021, a empresa dá continuidade a este trabalho de reinvenção, de maneira a proporcionar novos motivos de interesse e experiências inovadoras no valioso património que gere, inclusive a nível digital. Exemplos da aposta nesta área são a “Visita 360º ao Palácio Nacional de Sintra” e as “Linhas do Tempo”. São experiências digitais gratuitas, que permitem levar o património a novos públicos, disponibilizando uma grande diversidade de conteúdos.
Ciente de que a resposta para os desafios do presente passa pela inovação, a Parques de Sintra tem investido em parcerias e desenvolvido sinergias com empresas e com a comunidade científica, em busca de novas soluções que lhe permitam prosseguir com sucesso a missão que lhe foi confiada e superar as dificuldades impostas pela conjuntura pandémica.
Desde 15 de janeiro, os parques e monumentos estão encerrados, no âmbito do presente Estado de Emergência. Não obstante, e na expectativa de uma reabertura tão breve quanto possível, a empresa continua a trabalhar para assegurar a salvaguarda e a valorização do património construído e natural que administra.