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Parques de Sintra plantou cerca de 7000 árvores no Parque da Pena na última década

22 jan. 2024

No dia em que se cumpriram 11 anos sobre o grande temporal que atingiu a Serra de Sintra, a 19 de janeiro de 2013, a Parques de Sintra assinalou uma década de recuperação do coberto arbóreo do Parque da Pena, durante a qual foram plantadas cerca de 7000 árvores, com a plantação de três exemplares de Thuja plicata (Tuia-gigante), espécie emblemática daquele que é considerado o mais importante arboreto de Portugal.

 

As três árvores foram plantadas junto à Fonte dos Passarinhos, ao Chalet da Condessa d'Edla e ao Lago da Concha, perto dos exemplares que ali foram colocados sob a orientação de D. Fernando II e do Barão de Eschwege na segunda metade do século XIX, altura em que foi constituída a coleção botânica do Parque da Pena. O objetivo é garantir que a espécie perdura no espaço para fruição das gerações futuras, dando continuidade ao projeto do Rei-Artista. A Tuia-gigante da Fonte dos Passarinhos, com 35m de altura e um perímetro de tronco de aproximadamente 16,80m, proporciona aos visitantes a vivência do ambiente romântico idealizado pelo monarca. O seu porte, padrão de crescimento e arquitetura fazem dela um ícone do Parque da Pena que cativa os visitantes.

 

Cumprindo a missão de conservação e valorização do património que gere, a Parques de Sintra tem levado a cabo, ao longo da última década, a recuperação faseada do coberto arbóreo do Parque da Pena, fortemente atingido não só pelo temporal de 19 de janeiro de 2013, que derrubou mais de 2000 árvores, mas também por fenómenos climáticos extremos, como a tempestade de 17 de outubro de 2015, cuja intensidade e violência teve efeitos devastadores, provocando a queda de 900 árvores.

 

Numa primeira fase, foi fundamental a colaboração da comunidade local através do voluntariado. Sensibilizada pelo grau de destruição que afetou a quase totalidade do Parque da Pena e forçou o seu encerramento parcial por mais de meio ano, a população de Sintra e da área metropolitana de Lisboa mobilizou-se e uniu-se às equipas da Parques de Sintra para recuperar um património que é de todos. A ação de voluntariado que decorreu a 26 de janeiro de 2013, cujas inscrições esgotaram em 24 horas, contou com 200 participantes, que limparam uma área de 3,5 hectares, incluindo mais de 2km de caminhos. Os voluntários ajudaram a remover folhas, arrumaram ramas em pilhas e apoiaram a produção de estilha. Foram também desimpedidas centenas de metros de valetas, permitindo que a água voltasse a circular. Nas semanas seguintes, os técnicos da empresa trabalharam no corte e remoção das árvores caídas, bem como nas limpezas.

 

Posteriormente, iniciou-se um trabalho minucioso ao nível do coberto arbóreo, recorrendo a técnicas de arboricultura. A intervenção incluiu podas de limpeza, conformação e correção de lesões em alguns dos exemplares que permaneceram no local após o violento temporal e o desmonte controlado de algumas árvores cujas lesões inviabilizaram a sua manutenção em segurança e com o vigor vegetativo adequado.

 

Em 2014, arrancou o projeto de reflorestação, com o objetivo de devolver ao Parque da Pena a ambiência que existia antes da destruição provocada pelos temporais. A intervenção de enquadramento paisagístico visou a recuperação de uma floresta bastante densa de coníferas e folhosas, com a reintrodução de exemplares das espécies que integram ou integraram o elenco botânico do Parque da Pena, nomeadamente, abetos, cedros, juníperos, criptomérias, píceas, sequoias, pseudotsugas, tsugas, liriodendros, faias, tílias, carvalho-roble e carpino. As árvores foram plantadas com um compasso definido, como é usual em plantações florestais, mas seguindo os princípios e aspetos estéticos de referência na intervenção em parques e jardins românticos do século XIX, como é o caso do Parque da Pena. Paralelamente, foram decorrendo ações de limpeza e de reabilitação de estruturas, como a estufa principal da Quinta da Pena, muros, pavimentos, valetas e sistemas de águas.

 

Ao todo, na última década, foram investidos aproximadamente 250 mil euros na recuperação do Parque da Pena. Foram plantadas perto de 7000 árvores, que repuseram as 2900 destruídas pelas intempéries e valorizaram a coleção botânica, sempre em harmonia com os princípios de gestão paisagística sustentável que a Parques de Sintra aplica nas áreas de parques e jardins que gere, promovendo a conservação do capital natural e a biodiversidade, que são cruciais para aumentar a resiliência destes jardins históricos face aos efeitos das alterações climáticas e dos fenómenos extremos que delas derivam.

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