Parques de Sintra planta mais de 700 exemplares de “brincos de princesa” no Parque de Monserrate
03 jun. 2024
No âmbito do trabalho de renovação das coleções botânicas que a Parques de Sintra promove continuamente nos jardins históricos sob a sua gestão, foram plantados no Parque de Monserrate mais de 700 exemplares de cultivares de três espécies de fúchsias (Fuchsia megallanica, Fuchsia boliviana e Fuchsia Koralle), vulgarmente conhecidas como “brincos de princesa”, desenvolvidas na segunda metade do século XIX.
Originárias da América do Sul, as fúchsias contribuem para a recriação de paisagens tropicais repletas de exotismo, como convinha ao espírito romântico que dominou a Europa a partir de meados do século XIX. Assim, é muito provável que já integrassem o elenco de espécies botânicas do Parque de Monserrate na época de Francis Cook, o rico comerciante inglês que adquiriu a propriedade em 1863. Certo é que, no primeiro quartel do século XX, estas plantas já estavam presentes no espaço, pois, num guia de visita aos jardins datado de 1923, o jardineiro-chefe Walter Oates refere a existência de diversas fúchsias já bastante antigas no Jardim da Entrada, no Vale dos Fetos e em redor do Palácio.
A plantação de fúchsias agora concluída contribui para a recuperação e valorização do Parque de Monserrate, que a Parques de Sintra vem levando a cabo, desde 2000, com o objetivo de repor e manter o interesse botânico, a ambiência e o espanto que o espaço provocava aos visitantes e convidados da família Cook no século XIX.
Paralelamente, e com o mesmo propósito, no mês de maio, foram plantados 200 exemplares de Begonia belleconia nas floreiras da balaustrada do Palácio de Monserrate. Com recurso à produção realizada na estufa de Monserrate, têm sido, igualmente, repostas plantas que não sobreviveram ao inverno e espécies anuais de floração sazonal, incluindo sálvias, suculentas, agaves e bromélias.