Plantação de mais de 200 exemplares de árvores e arbustos valoriza coleção botânica do Parque da Pena
06 mar. 2024
No Parque da Pena, a Parques de Sintra prossegue o trabalho de reflorestação e de valorização da coleção botânica, com a plantação de mais de duas centenas de exemplares de árvores e arbustos, que decorreu entre janeiro e fevereiro.
No Vale dos Lagos, foram plantadas 12 faias-verdes choronas (Fagus sylvatica L. ‘Pendula’) e 12 aveleiras saca-rolhas ou aveleiras torcidas (Corylus avellana ‘Contorta’), numa área onde o temporal de janeiro de 2013 derrubou diversos exemplares destas variedades ornamentais de grande importância no contexto da plantação do Parque da Pena.
Estas espécies exóticas desconhecidas no século XIX, cujas formas estranhas causavam surpresa e admiração, integraram o elenco botânico escolhido pelo rei D. Fernando II para o Parque da Pena, onde foram plantadas espécies florestais nativas de todos os continentes. Em linha com o ideário romântico que presidiu à construção do Palácio da Pena, no parque, o monarca aliou a busca do exotismo à impetuosidade da natureza, com o objetivo de impressionar os sentidos e provocar emoções fortes. A reposição deste tipo de árvores, visa devolver ao espaço a ambiência e os efeitos idealizados por D. Fernando II. Antes desta plantação apenas subsistia, no Vale dos Lagos, um exemplar de bétula pendula, possivelmente plantado no final do século XIX, que resistiu aos temporais.
Na área do Picadeiro e ao longo do Caminho da Índia (ou Estrada Amarela que liga a Nora à Fonte dos Passarinhos), foram plantados mais de 200 exemplares de espécies arbustivas, como rododendros; veigelas; rosas-de-gueldres; lilases; jasmins de verão ou falsos jasmins; e maónias. Estas plantas vêm preencher uma zona que foi objeto de intervenções de controlo de vegetação infestante lenhosa e da densidade de regeneração espontânea do cedro-do-buçaco, permitindo a reabertura de pontos de vista para o interior dos jardins da Nora e do Jardim das Camélias.
A valorização do Parque da Pena vem sendo levada a cabo, pela Parques de Sintra, desde 2006, com base nas orientações do Plano de Recuperação, Gestão e Reflorestação do Parque da Pena, desenvolvido em 1995 e reformulado pela empresa em 2001. Ao longo do tempo, os resultados da investigação histórica que tem sido realizada; a inventariação do elenco botânico, efetuada entre 2008 e 2010; e as vicissitudes decorrentes das intempéries que atingiram o Parque; determinaram a necessidade de proceder a ajustes.