Palácio Nacional da Pena reformula exposição de cerâmicas do Salão Nobre de acordo com a disposição original do século XIX
14 jan. 2022
No âmbito do projeto que visa oferecer um discurso expositivo mais autêntico nos palácios sob a sua gestão, a Parques de Sintra reformulou, recentemente, a exposição das cerâmicas que ornamentam o Salão Nobre do Palácio Nacional da Pena, recuperando a disposição original do século XIX.
Para levar a cabo este trabalho, os investigadores apoiaram-se numa fotografia tirada por Carlos Relvas, por volta de 1870, e nos inventários daquele compartimento relativos ao período de habitação de D. Fernando II. O estudo destas fontes permitiu identificar peças que estavam expostas noutras salas do Palácio, fora do seu contexto original, ou guardadas nas reservas, e devolvê-las aos seus locais de origem, tendo beneficiado também do recente regresso à Pena de alguns objetos das coleções de D. Fernando II que se encontravam dispersos por outros palácios nacionais (Ajuda e Mafra).
Os visitantes podem agora apreciar mais uma demonstração do gosto eclético de D. Fernando II, que, embora privilegiasse as porcelanas chinesas de exportação, não deixou pontualmente de dar atenção a alguns centros de produção europeus (Meissen) e às faianças de Wenceslau Cifka, seu protegido.