Escola Portuguesa de Arte Equestre associa-se à celebração do primeiro Dia Internacional do Património Cultural Imaterial

A 17 de outubro celebra-se pela primeira vez o Dia Internacional do Património Cultural Imaterial, uma iniciativa da UNESCO que pretende valorizar a diversidade e a riqueza do património vivo e sensibilizar para a importância da sua salvaguarda. Com o objetivo de divulgar a arte equestre tradicional portuguesa, um património cultural único no mundo candidato a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, a Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE) participa nestas comemorações dedicando-lhe a sessão de 17 de outubro da atividade Manhãs de Arte Equestre e as Galas de 25 de outubro e de 29 de novembro.

As Manhãs de Arte Equestre dão a conhecer os bastidores da EPAE através de um percurso no Páteo da Nora, onde os visitantes podem acompanhar os cuidados que os tratadores têm com os cavalos. No Picadeiro Henrique Calado, assistem aos exercícios de aquecimento e desenvoltura feitos pelos cavaleiros trajados à época que, respeitando o ritmo, a saúde e as necessidades físicas de cada cavalo, asseguram a instrução adequada destes para o elevado nível das galas e espetáculos da Escola. Os visitantes que adquirirem bilhetes para a sessão de 17 de outubro terão oportunidade de fazer uma visita guiada gratuita, às 11h30, com a duração aproximada de meia hora. As inscrições são limitadas a um máximo de 20 pessoas e devem ser efetuadas previamente através do e-mail [email protected].

Herdeira do que foi a Academia Equestre criada pelo rei D. João V, no século XVIII, a EPAE reconstitui nas suas Galas mensais um dos passatempos favoritos da corte da época: a equitação. Nestes espetáculos, os cavaleiros vestem um traje de gala e os cavalos, de raça Lusitana de Alter Real, apresentam-se entrançados com trança à portuguesa, de três pontas. São executados exercícios característicos do período barroco, como os “ares altos” e os “jogos da corte”.

Em 2017, a Parques de Sintra (entidade gestora da EPAE), a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (APSL) e a Câmara Municipal da Golegã estabeleceram um protocolo com vista à apresentação formal da candidatura da Equitação Portuguesa a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, cuja coordenação foi confiada a João Costa Ferreira.

O êxito da primeira fase do projeto traduziu-se na inscrição da “Equitação Portuguesa” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em 2021. Espera-se que, ainda este ano, o objetivo de ver a Equitação Portuguesa reconhecida pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade seja alcançado.