Parques de Sintra restaura cerca de 300 luminárias históricas nos Palácios sob a sua gestão

Está em curso o projeto de conservação e restauro da totalidade das luminárias decorativas históricas integradas na arquitetura interior dos Palácios Nacionais de Sintra, de Queluz e da Pena e do Palácio de Monserrate. Os trabalhos, que vão decorrer faseadamente, abrangem 299 luminárias, em exposição e em reserva, e consistem no tratamento e recuperação de todos os elementos que as constituem, estabilizando-os, repondo componentes em falta e revendo a infraestrutura elétrica, para garantir a sua segurança.

Datadas dos séculos XIX e XX, as luminárias históricas que integram as coleções destes Palácios são estruturas de elevada complexidade, tanto ao nível decorativo, como no que se refere à infraestrutura elétrica. Assim, para concretizar esta intervenção, a Parques de Sintra reuniu uma equipa multidisciplinar de forma a assegurar o respeito pela integridade patrimonial dos objetos, bem como as condições infraestruturais necessárias ao bom funcionamento destas luminárias históricas, a par da salvaguarda das técnicas tradicionais envolvidas na sua execução.

Peças de grande valor patrimonial, histórico e artístico, as luminárias são fundamentais na decoração dos quatro Palácios ao cuidado da Parques de Sintra. Algumas tornaram-se mesmo ícones destes monumentos, como é o caso do lustre monumental da Sala Manuelina do Palácio Nacional de Sintra, de finais do século XIX, em vidro de Murano (Veneza) e com 97 pontos de luz. No Palácio Nacional de Queluz, destacam-se os lustres monumentais da Sala do Trono e, no Palácio Nacional da Pena, no Salão Nobre, sobressai o lustre de 72 velas elaborado em latão com banho de ouro.

Prevê-se que o projeto, orçado em 240 mil euros, esteja concluído no final de abril de 2025.

Na última década, os parques e monumentos administrados pela Parques de Sintra receberam cerca de 25 milhões de visitas, tendo a empresa investido 40 milhões de euros no património edificado e natural à sua guarda. Sem recorrer ao orçamento de Estado, a Parques de Sintra aposta num modelo de gestão pioneiro que assenta na capacidade de o património gerar receitas que são depois reinvestidas na sua recuperação e manutenção. Continuando na mesma linha de atuação, futuramente, a empresa prevê investir mais cerca de 30 milhões de euros na valorização dos parques e monumentos que gere.