Resultados do projeto “Missão Natureza 22” apresentados no Palácio Nacional de Queluz

No Dia Internacional da Biodiversidade, que se comemorou ontem, 22 de maio, o Palácio Nacional de Queluz acolheu a conferência de encerramento da “Missão Natureza 22”, precisamente um ano depois do lançamento do projeto, no mesmo local. As conclusões dos trabalhos foram apresentadas numa sessão aberta pelo Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e encerrada pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino.

Ao todo, foram identificadas 73 ações a priorizar, que incluem trabalhos de restauro ecológico; promoção das espécies autóctones com vista ao controlo de espécies invasoras; financiamento/majoração para quem exerce uma atividade que promove os serviços de ecossistemas; criação de protocolos de monitorização do estatuto das espécies e políticas de conservação; formação e creditação de Guias da Natureza; realização de uma cimeira ibérica para a conservação da natureza e biodiversidade; entre outras.

Durante o dia, decorreram várias palestras e debates conduzidos por especialistas. Luís Calaim, administrador da Parques de Sintra, interveio no painel subordinado aos “Projetos Naturais”, tendo apresentado o projeto “Renaturalização da Paisagem Florestal da Serra de Sintra”. Elaborado para um horizonte de 20 anos (até 2036), tem como principal objetivo a implementação de um sistema de gestão florestal sustentável, focado na conservação da natureza e da biodiversidade, nos cerca de 1000 hectares de áreas florestais sob gestão da empresa.

Iniciativa do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a “Missão Natureza 22” visa melhorar o estado de conservação dos valores naturais de Portugal e orientar o investimento em biodiversidade, até 2027. Com o intuito de debater soluções, produzir recomendações e definir metas, realizaram-se sessões em todo o país, dinamizadas pela NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, que contaram com a participação de entidades como administração local, instituições de investigação científica e tecnológica e organizações não-governamentais de ambiente.

Foram sete os objetivos que orientaram os debates, cujos resultados foram apresentados ontem, designadamente, aumentar a perceção e apropriação pública do património natural; melhorar o estado de conservação do património natural; vigiar e controlar espécies exóticas invasoras; compatibilizar economia e biodiversidade; reforçar as infraestruturas verdes e a conectividade ecológica; estimular a cooperação internacional; e inovar no investimento em biodiversidade.