Das bolas de sabão à cabra-cega: as brincadeiras dos príncipes e princesas no século XVIII
27 set. 2023
É verdade que, durante muitos séculos, as crianças tinham pouco espaço para serem isso mesmo – crianças. Vestiam-se como os adultos, eram obrigadas a conter as suas emoções e trabalhavam ou, no caso da nobreza, assumiam posições de responsabilidade ainda numa tenra idade. Mas isso não significa que, em dados momentos, não houvesse espaço para fazer aquilo que as crianças mais gostam: brincar.
E como brincavam os príncipes e princesas do século XVIII? Os jardins do Palácio Nacional de Queluz tinham (e têm) muito espaço para as crianças se entreterem. Resta saber com que jogos ocupavam o pouco tempo livre que tinham. Aqui ficam alguns exemplos:
- Jogo do Arco: consiste em percorrer um determinado caminho fazendo rolar o arco com uma gancheta. Quem chegar mais rápido à linha da meta sem deixar cair o arco vence.
- Chinquilho: uma atividade parecida com o jogo da malha, mas com bolas. O objetivo é lançar a bola em direção a um conjunto de pinos, com o objetivo de os derrubar.
- Bolas de Sabão: fazer bolas de sabão é uma atividade que ainda hoje diverte miúdos e graúdos.
- Jogo do volante: este jogo é um antecessor do badminton.
- Cabra-cega: jogo em que um dos participantes é vendado, levado para o centro da área de jogo e rodado várias vezes. O objetivo é que o jogador, desorientado, consiga apanhar outro participante e identificá-lo. Se for bem-sucedido, o jogador apanhado passa a ser a ‘cabra-cega’.
Estes são apenas alguns exemplos das brincadeiras que entretinham meninos e meninas nos Jardins de Queluz no século XVIII. Pode ficar a conhecer estas e outras formas de brincar – e até participar em jogos tradicionais, desconhecidos do grande público – na atividade ‘Brincando nos Jardins Reais com jogos tradicionais’.