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Descubra os objetos em exposição no Palácio Nacional de Sintra

Sala dos Brasões

Este espaço quadrado (lado cerca de 12m) ocupa na totalidade o piso nobre da Torre construída por D. Manuel I no século XVI. A cúpula (1517-1518) de base octogonal contém brasões de famílias nobres de Portugal, com as armas reais no topo. As paredes foram revestidas no século XVIII a azulejos com cenas galantes.

 

Conheça os objetos expostos nesta sala.

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Armas do Rei D. Manuel I

As armas de D. Manuel I (1469-1521), como rei de Portugal, são apresentadas no centro e topo da hierarquia social. Em seu redor, aparecem as armas dos oito filhos e filhas que o rei tivera com a rainha D. Maria de Aragão (1482-1517) até 1515.

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Veado

O veado no teto da sala é símbolo de justiça. Na faixa, hoje apagada, podia ler-se a divisa do avô de D. Manuel I (1469-1521), o rei D. Duarte (1391-1438): “Tan ya serey”.

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Azulejos

Pintados entre 1710 e 1715 pelo artista conhecido como Mestre P.M.P., iniciais com que assinava as suas obras, estes painéis de azulejos apresentam cenas de caça ao veado e ao urso, a par de outras onde se vêem pessoas nobres a desfrutar do ar livre. A representação de momentos de lazer foi um dos temas preferidos para enriquecer as residências de campo da nobreza do século XVIII.

Identidade

A Sala dos Brasões é a expressão máxima do ideal de monarquia do rei D. Manuel I (1469-1521).

Ao colocar o seu brasão no alto da cúpula desta sala, D. Manuel projeta-se como centro e topo de uma sociedade altamente hierarquizada, mas interdependente. O seu poder depende do apoio da nobreza, e esta obtém do rei a distinção social de que necessita.

A nobreza é aqui representada pelos brasões das 72 famílias mais importantes. Os brasões servem para que os indivíduos se identifiquem através das suas linhagens – as linhas de parentesco a que pertenciam. O próprio D. Manuel expõe aqui a sua descendência, através dos brasões dos seus oito filhos e filhas, com meio brasão a completar após matrimónio; bem como a sua ascendência, através da divisa do seu avô, o rei D. Duarte, que outrora podia ler-se sobre os veados.

A inscrição em torno da sala revela como a memória dos serviços prestados pelos antepassados – “os leais serviços” – definiam a identidade e a posição social de cada um. Quanto ao rei, ele é o juiz supremo a quem cabe garantir essa ordem.