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Descubra os objetos em exposição no Palácio Nacional de Sintra

Camarim

No século XV, esta sala esteve dividida em três pequenos compartimentos de maior privacidade, que podiam servir de apoio à Guarda-Roupa.

Pensa-se que as divisórias foram demolidas no século XVIII, quando passou a designar-se Camarim.

Um Camarim, tal como a Guarda-Roupa, servia para guardar os objetos de grande esplendor.

 

Conheça os objetos expostos nesta sala.

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Tapeçaria César e Spurina

  • Bruxelas, 1560-1570
  • Lã e seda
  • Nº Inv. PNS3573

Esta tapeçaria flamenga do séc. XVI ilustra a vidente Spurina a avisar o imperador romano Júlio César para ter cuidado com os Idos de Março, data em que seria assassinado. Pertence a uma série intitulada "História da Vida e Feitos de Júlio César" e foi trazida para o Palácio em 1939.

As tapeçarias eram os objetos mais sumptuosos e caros numa casa nobre. Episódios de História ou Mitologia Clássica permitiam aprender a partir de exemplos do passado.

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Globo Celeste

  • Christopher Schissler
  • Augsburg, Alemanha, 1575
  • Metal amarelo e ferro
  • Nº Inv. PNS3457

Representação do universo, tal como era entendido no século XVI, com constelações e signos do zodíaco. Teve um par que representava o globo terreste, que entretanto se perdeu. Foi produzido em 1575, por Cristopher Schissler, um dos mais importantes construtores de instrumentos científicos de Augsburgo, na Alemanha. Pelo seu grande tamanho, detalhe de gravação e atualidade de conhecimento astronómico, este globo destinava-se a alguém de alto estatuto social.

É o único globo quinhentista deste género conhecido e o mais antigo existente em Portugal.

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Escritório

  • Espanha (?), século XVII
  • Madeira, marfim, ferro, tartaruga e veludo
  • Nº Inv. PNS3073

As referências da Antiguidade Clássica convivem com um conhecimento aprofundado dos episódios Bíblicos. Neste escritório com embutidos de marfim e carapaça de tartaruga, observam-se a Anunciação, a Torre de Babel, o encontro de Sta. Isabel e S. Joaquim, e uma cena com um arcanjo.

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Colcha

  • Índia, século XVIII-XIX
  • Linho, seda e algodão
  • Nº Inv. PNS5757

Um objeto esplendoroso requeria materiais de altíssima qualidade e uma execução de grande primor. As colchas indianas bordadas tiravam partido da seda para criar composições repletas de animais e flores, que prendiam o olhar de quem as admirava.

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Natureza Morta

  • Pietro Pablo Bronzi
  • Itália, 1660
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3595
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Barcos em Estaleiro

  • Itália (?), século XVIII, primeira metade
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3598
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Natureza Morta

  • Tibaldi, Antonio (atrib.)
  • Itália, século XVII, segunda metade
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3600
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Natureza Morta

  • Tibaldi, Antonio
  • Itália, século XVII, segunda metade
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3601
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Sagrada Família

  • Bento Coelho da Silveira
  • Portugal, finais do século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3603
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Jefté sendo cumprimentado pela sua filha

  • Escola Holandesa (?), Escola Flamenga (?), século XVII-XVIII
  • Óleo sobre cobre
  • Nº Inv. PNS3602

Representação de um episódio da história de Jefté, designadamente o momento em que o líder gileadita é cumprimentado pela sua filha única após a vitória militar sobre os amonitas. Jefté, antes da batalha, tinha feito um voto a Jeová: caso voltasse vitorioso da batalha, a primeira pessoa que saísse da sua casa de Mispa de Gileade ao seu encontro seria oferecida em sacrifício ao Senhor. A história do voto de Jefté encontra-se na Bíblia hebraica (Antigo Testamento), em Juízes 11:29-40.

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Morte de Lucrécia

  • Itália, primeira metade do século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3604

A História da Antiguidade Clássica fazia parte da educação dos nobres do Renascimento, sendo uma forma de aprender sobre a virtude do bom governo. Em 510 a.C., após ser violada por Tarquínio, filho do rei dos romanos, Lucrécia suicida-se. O episódio precipitou a revolta que levou à queda da monarquia e à instauração da República de Roma.

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Sagrada Família com São João Baptista Menino

  • Portugal, segunda metade do século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3608
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Morte do Príncipe D. Afonso

  • Portugal, segunda metade do século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3609

Representação da morte do Príncipe D. Afonso em 1491. Era o único filho de D. João II (1455-1495) e o herdeiro ao trono. Este evento trágico forçou o rei a selecionar o seu primo como herdeiro, que veio a ser D. Manuel I (1469-1521).

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Natividade

  • Antuérpia, finais do século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3610
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São Francisco de Assis

  • Espanha, meados do século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3629
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Cristo deposto da Cruz

  • Mestre Arruda dos Vinhos (atrib.)
  • Portugal, meados do século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3633
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Julgamento de S. Sebastião

  • Portugal, último terço século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3634
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São Sebastião libertando os cativos cristãos

  • Portugal, último terço século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3635
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Filósofo

  • José de Ribera, Oficina
  • Espanha, c.1630
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3636

Existem várias versões desta pintura, elaborada na oficina de José de Ribera, por volta de 1630, o que revela um grande interesse por representar pensadores da Antiguidade Clássica, cujas obras inspiraram e impulsionaram a filosofia europeia dos séculos XV a XVII.

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Descanso na fuga para o Egipto

  • Baltazar Gomes Figueira (atrib.)
  • Portugal, século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3637
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Natureza Morta

  • Flandres (?), século XVII
  • Óleo sobre cobre
  • Nº Inv. PNS3638
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Natureza Morta

  • Flandres (?), século XVII
  • Óleo sobre cobre
  • Nº Inv. PNS3640
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São Tiago Maior e Santa Clara

  • Portugal, primeira metade século XVII
  • Óleo sobre tela
  • Nº Inv. PNS3639
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A Virgem, o Menino, Santa Isabel e São João Baptista Menino

  • Norte da Europa (?)
  • Século XVI, segunda metade
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3642
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Calvário

  • Flandres (?), meados do século XVI
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS3643

Neste quadro flamengo do século XVI, temos representado o Calvário, a crucificação de Jesus Cristo. Cristo está no centro da composição, acompanhado da Virgem Maria e de Maria Madalena. Proveniente do Palácio da Ajuda, integrou a coleção deste Palácio em 1940.

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A Virgem com o Menino

  • Cesare da Sesto (atrib.)
  • Itália, finais século XV
  • Óleo sobre madeira
  • Nº Inv. PNS6176
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São João Baptista

  • Francia, Francesco (atrib.)
  • Itália, primeiro quartel século XVI
  • Têmpera (?) sobre tecido e madeira
  • Nº Inv. PNS6177

São João Batista é representado envergando uma pele de camelo com um cordeiro ao lado. O cordeiro remete para o momento em que João Batista batizou e reconheceu Jesus como filho de Deus, tendo declarado: “Eis o cordeiro de Deus”. Esta pintura é uma cópia feita na oficina do mestre italiano Francesco Francia, do início do século XVI. Faz parte da coleção do Palácio desde 2010.

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Arca

  • Portugal, século XVII
  • Vinhático, pau-santo e metal
  • Nº Inv. PNS2938
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Bufete

  • Portugal, século XVII
  • Pau-santo e bronze
  • Nº Inv. PNS2948
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Arca

  • Índia, século XVII
  • Madeira de teca, laca e ferro
  • Nº Inv. PNS2963
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Arca

  • Índia (?), século XVII
  • Madeira (sucupira?), ferro e metal
  • Nº Inv. PNS2965
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Contador

  • Índia, século XVI-XVII
  • Madeira e marfim
  • Nº Inv. PNS3069

Este pequeno contador é um exemplo precoce de mobiliário realizado na Ásia para o mercado europeu. Foi fabricado nos finais do século XVI, ou inícios do XVII, entre a região do Gujarat, no Noroeste da Índia, e o Sinde, no Paquistão. A decoração mostra figuras humanas vestindo trajes distintos que remetem para práticas europeias e sul-asiáticas. Uma ilusão faz com que as seis gavetas aparentem ser nove. O topo abre-se por meio de um segredo, na parte de trás.

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Cofre

  • Índia (?), século XIX
  • Madeira (teca e ébano), marfim e metal
  • Nº Inv. PNS3069B
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Escritório

  • Espanha, século XVI-XVII
  • Nogueira, veludo, ferro
  • Nº Inv. PNS3076

Os escritórios eram as principais peças de mobiliário nas casas nobres dos séculos XVI e XVII. Neles se guardavam todo o tipo de itens preciosos, como joias ou dinheiro, mas também contratos, escrituras e outros papéis importantes. O poder da casa nobre assentava também sobre direitos e propriedades, que eram atestados através de papéis. Aqui, a sofisticada técnica de embutidos típica de Granada.

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Armário

  • Portugal (?), século XIX
  • Pau-santo, marfim e metal dourado
  • Nº Inv. PNS3055
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Escritório

  • Itália/Espanha (?), 1574
  • Nogueira, carvalho, osso de javali e ferro
  • Nº Inv. PNS6178
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Pote

  • China
  • Dinastia Qing - Período Kangxi (1662-1722)
  • Porcelana
  • Nº Inv. PNS01

A porcelana chinesa começou a chegar a Portugal em grandes quantidades a partir dos inícios do século XVI, pois manteve-se como uma alternativa mais conveniente aos serviços de prata que então se utilizavam. No século XVII algumas das peças adquirem uma função essencialmente de aparato, como é o caso deste exemplar.

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Pote

  • Espanha, Talavera (?), século XVI-XVII
  • Faiança
  • Nº Inv. PNS26
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Santas Mães e Virgem com o Menino

  • Santas Mães (esquerda) e Virgem com o Menino (direita)
  • Alemanha, século XV-XVI
  • Carvalho
  • Nº. Inv. PNS3511 e PNS3512
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Busto de Jovem

  • Itália (Florença), século XVI
  • Madeira policromada
  • Nº Inv. PNS6185
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Almofada

  • Portugal (?), século XVIII-XIX
  • Seda, linho, estopa, fio de ouro e madeira
  • Nº Inv. PNS5770
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Livros

  • Saltério - Portugal, século XVIII; couro, madeira, metal e linho; Nº Inv. PNS3651
  • Antifonário santoral - Portugal (?), século XVIII; couro, madeira, metal e linho; Nº Inv. PNS3652
  • Missal - Portugal (?), século XVIII; couro, madeira, metal e linho; Nº Inv. PNS3654

O domínio do latim, dos autores clássicos e das principais obras canónicas fazia parte da educação nobre até ao século XVIII. O poder do nobre dependia também da sua virtude e eloquência.

Poder

A organização de salas no Paço de Sintra refletia uma hierarquização social encabeçada pelo Rei e pela Rainha.

Este núcleo corresponde ao Paço Real construído no reinado de D. João I (1357-1433) e de D. Filipa de Lencastre (1360-1415). Começa na Sala Grande, à qual podiam aceder todos os que entravam no palácio. O acesso às divisões seguintes era gradualmente seletivo, culminando na Câmara do Rei ou da Rainha. Só alguns membros da alta nobreza, do clero ou embaixadores importantes poderiam aí entrar.

Nenhuma destas salas tinha uma função específica. Era a posição social de quem aí era recebido que definia o seu uso, tornando as relações de poder visíveis no dia-a-dia. A disposição do mobiliário era alterada para se conformar a uma encenação de poder desejada, ou para se adequar ao estatuto social das pessoas presentes.