Na Real Quinta de Queluz com Armando Seixas Ferreira: O regresso da corte do Brasil e os espiões do Paço de Queluz
No regresso do Brasil, a corte portuguesa vivia um clima de grande instabilidade política que originou empolgantes episódios de conspiração e espionagem de que o Palácio Nacional de Queluz foi palco principal.
Neste ‘Encontro’ com Armando Seixas Ferreira reconstrói-se o ambiente que se vivia em Portugal nos últimos anos do reinado de D. João VI e a instalação da família real em Queluz, logo após o seu regresso do Brasil, em 1821. Sucessivos golpes e conspirações transformaram a corte portuguesa num autêntico vespeiro, tendo o rei necessidade de se separar de D. Carlota Joaquina, que recusou jurar a Constituição, passando a viver afastada do poder. Agentes infiltrados começam a ser enviados diariamente a Queluz para espiar a rainha, num contexto de grave crise política e familiar que marca o início da transição do Antigo Regime para o Liberalismo. A declaração da independência do Brasil, em 1822, agravou a situação política em Portugal e o rei precisou mesmo de recorrer aos serviços de uma polícia secreta para vigiar os conspiradores que entravam e saíam de Queluz.
Sobre o programa
O ciclo de palestras 'Encontros nos Palácio Nacionais' traz ao Palácio Nacional de Sintra e ao Palácio Nacional de Queluz alguns dos maiores especialistas em áreas como História, Museologia, Arquitetura, Ciência e Arte. Trata-se de uma oportunidade de o grande público ver respondidas questões desafiantes e ter contacto com quem mais sabe sobre temas relacionados com os Palácios, Sintra e a sua História.
Cada 'Encontro' termina com um Cocktail após a palestra, para convívio e discussão informal de ideias e de experiências.
- Duração: Palestra: 60-75 minutos / Cocktail: 45-60 minutos
Sobre o autor
Jornalista e autor, Armando Seixas Ferreira publicou a obra “1821 - O Regresso do Rei. A Viagem de D. João VI e o Regresso da Corte a Portugal” (Planeta, 2021). Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Autónoma de Lisboa, estudou História da Arte e concluiu uma pós-graduação em Mercado da Arte e Colecionismo na Universidade Nova de Lisboa (2018). Entre 1995 e 1998, integrou a redação do Jornal Público, na secção Local. Em televisão começou por trabalhar, em 1998, na redação do Telejornal onde se especializou na área da Defesa, Política e Sociedade. Em 2003, foi enviado especial à guerra do Iraque, a bordo do porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt, e a Nassíria, junto do contingente português. Assinou várias reportagens na Bósnia, no Kosovo, no Líbano, em Timor, na Indonésia, na Colômbia e no Afeganistão, tendo colaborado com a estação de televisão árabe Aljazeera. Em 2006, venceu o Prémio Nacional de Paridade de Jornalismo com a grande reportagem “Mulheres à Prova de Bala”, que retrata a vida das para-quedistas portuguesas no Kosovo. Integra, desde 2015, a equipa do “Linha da Frente”, o programa de grande reportagem da RTP1.