No Paço Real de Sintra com Nuno Senos: interiores palacianos entre o final da Idade Média e o princípio da Idade Moderna
Em Portugal, não sobreviveram muitos palácios passíveis de documentar o período que se estende entre o final da Idade Média e o princípio da Idade Moderna, e nenhum com a dimensão e a complexidade de Sintra. Vários aspetos da sua arquitetura, desde o desenho das suas janelas às impressionantes chaminés da cozinha, assim como da sua decoração, onde pontuam os programas azulejares também únicos, são frequentemente referidos e usados como ilustração. Menos conhecidas e entendidas são as formas como estas salas eram vividas.
Cruzando informação contida em crónicas e outras fontes escritas com a informação que o próprio espaço nos dá, o que podemos saber sobre a função de cada sala, cada câmara?
Para que servia, por exemplo, a Sala dos Cisnes ou a Câmara de Ouro?
Quem utilizava estas divisões e com que propósitos?
Nesta visita vamos utilizar os espaços do Palácio de Sintra para procurar perceber melhor as formas de organização do interior de um palácio na cronologia em questão.
Sobre o programa
O ciclo de palestras 'Encontros nos Palácio Nacionais' traz ao Palácio Nacional de Sintra e ao Palácio Nacional de Queluz alguns dos maiores especialistas em áreas como História, Museologia, Arquitetura, Ciência e Arte. Trata-se de uma oportunidade de o grande público ver respondidas questões desafiantes e ter contacto com quem mais sabe sobre temas relacionados com os Palácios, Sintra e a sua História.
Cada 'Encontro' termina com um Cocktail após a palestra, para convívio e discussão informal de ideias e de experiências.
- Duração: Palestra: 60-75 minutos / Cocktail: 45-60 minutos
Sobre o autor
Nuno Senos é Professor Associado de História da Arte e da Arquitetura na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é coordenador executivo do respetivo departamento. Tendo-se doutorado pelo Institute of Fine Arts, New York University, os seus interesses de investigação e ensino estendem-se da arquitetura quinhentista em Portugal à arquitetura no Brasil colonial e ao consumo artístico em Portugal na Idade Moderna. É autor de vários livros e artigos, nomeadamente sobre o Paço Real da Ribeira ou o Paço Ducal de Vila Viçosa. É presentemente co-coordenador de um projeto europeu dedicado à gestão de palácios-museus. Tem também sido consultor no âmbito da intervenção em património arquitetónico histórico.