Na Real Quinta de Queluz com João Júlio Teixeira: desvendar a prata da vivência cortesã
Em Portugal, entre o final do século XVIII e inícios do século XIX, diversos objetos em prata integraram a vivência da família real. No entanto, ao contrário do que se possa pensar, a maioria não servia apenas um propósito de aparato. De facto, nos objetos de prata aliaram-se utilidade e sumptuosidade, sendo o equilíbrio entre estes dois planos decidido pelos usos e momentos para os quais foram concebidos. Da mesma forma, na arte dos ourives deste período, coexistiram diferentes correntes estéticas e qualidades que, de forma deliberada, alargaram o repertório de escolha dos encomendantes, entre os quais a casa real.
Enquadradas nos espaços onde originalmente foram vivenciadas, vamos observar com detalhe estas peças, entendendo as suas funções e materialidades. De forma breve, olhamos também para as marcas dos punções, do tempo, ou do uso nelas presentes, desvendando um pouco do que nos podem contar.
Sobre o programa
O ciclo de palestras 'Encontros nos Palácio Nacionais' traz ao Palácio Nacional de Sintra e ao Palácio Nacional de Queluz alguns dos maiores especialistas em áreas como História, Museologia, Arquitetura, Ciência e Arte. Trata-se de uma oportunidade de o grande público ver respondidas questões desafiantes e ter contacto com quem mais sabe sobre temas relacionados com os Palácios, Sintra e a sua História.
Cada 'Encontro' termina com um Cocktail após a palestra, para convívio e discussão informal de ideias e de experiências.
- Duração: Palestra: 60-75 minutos / Cocktail: 45-60 minutos
Sobre o autor
João Júlio Teixeira é historiador de Arte (NOVA FCSH), especializado em ourivesaria antiga e classificação de diamantes (GIA). Doutorando em História da Arte (NOVA FCSH) com o tema “Joalharia na Casa Real Portuguesa, 1777-1889. Uma periferia subversiva.” (financiamento FCT 2021.04880.BD). Foi co-comissário do Museu do Tesouro Real para a investigação histórica da coleção de joalharia; conservador do Museu do Dinheiro do Banco de Portugal; encabeçou o departamento de ourivesaria da Veritas Art Auctioneers, tendo ainda sido docente na Escola Superior de Artes Decorativas (FRESS) e redator da revista L+arte.