Luísa Tender no Ciclo de Piano nos Palácios de Sintra
No recital de Luísa Tender, tudo prepara o “tour de force” que é a audição integral das Quatro Baladas de Chopin. Por essa razão, a pianista optou por incluir dois compositores próximos ao compositor polaco, Wolfgang Amadeus Mozart, com a Sonata em Si b maior Kv.333, conhecida por ser a única sonata do compositor a conter no terceiro andamento uma verdadeira cadência (de concerto), e o Concerto Italiano de Johann Sebastian Bach.
Programa
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
- Sonata em Si bemol Maior, KV. 333 (I. Allegro; II. Andante Cantabile; III. Allegro Grazioso)
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
- Concerto Italiano, BWV 971 (I. [sem indicação de andamento]; II. Andante; III. Presto)
INTERVALO
Frédéric Chopin (1811-1849)
(Quatro) Baladas
- Balada n.º 1, em Sol menor, Op. 23
- Balada n.º 2, em Fá Maior, Op. 38
- Balada n.º 3, em Lá bemol Maior, Op.47
- Balada n.º 4, Fá menor, Op. 52
Biografia
Luísa Tender nasceu no Porto, em 1977. Nesta cidade, estudou piano com Teresa Monteiro, Anne-Marie Mennet, Pedro Burmester e Helena Sá e Costa. Entre 1997 e 2000, foi aluna de Vitalij Margulis em Los Angeles; e, posteriormente, de Irina Zaritskaya, no Royal College of Music em Londres, onde obteve o grau de Master of Music. Foi também aluna de Marian Rybicki e recebeu o Diplôme Supérieur d’Exécution em piano na École Normale de Musique de Paris. É doutorada em Ciências Musicais, na especialidade de Ensino e Psicologia da Música, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH, 2021).
O seu primeiro cd (Bach and Forward, edição de autor, Londres 2009), que inclui obras de J. S. Bach, F. Schubert e C. Debussy, foi Escolha do Mês na revista britânica Classical Music. O seu segundo trabalho discográfico, Página Esquecida, um álbum duplo com obras portuguesas para violoncelo e piano com Bruno Borralhinho (Dreyer & Gaido, Berlim, 2009), foi elogiado em publicações da área da Música (Fanfare, Strings Magazine, Das Orchester, entre outras). Gravou a integral das sonatas para piano de J. D. Bomtempo (Naxos Grand Piano, 2019), que teve grande destaque na imprensa especializada (Ritmo, Music Web International, Stretto, Musikalifeiten).
A Revista espanhola Ritmo dedicou-lhe um longo artigo intitulado “Tiempo para Bomtempo – Luísa Tender”. Luísa publicou ainda, em coautoria com Manuel Pedro Ferreira, o livro O pescador de sons (Lisboa, CESEM, 2019), cuja tradução para língua alemã (Der Klangfischer) foi recentemente publicada. A propósito de um dos seus concertos, o London Independent descreveu-a como “a natural Beethovenian”.
Foi, durante dois anos letivos, assistente convidada na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE). Reside em Lisboa e é professora titular de Piano na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESART), onde foi coordenadora do Mestrado em Ensino de Música, e de cujo Conselho Técnico Científico é membro efetivo. É presidente da assembleia-geral da EPTA-Portugal (European Piano Teachers Association); e investigadora integrada no CESEM (NOVA), na área da Educação e Desenvolvimento Humano.
Foi, durante os anos da sua formação, bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e do Royal College of Music.