Este terraço marca a entrada para o chamado Palácio Novo.
O Tritão é um monstro mitológico meio homem, meio peixe. Tal como o monstro, o pórtico onde se insere está dividido entre os mundos aquático e terrestre. O mundo aquático encontra-se no piso inferior: o arco neogótico é decorado com corais que suportam três conchas, numa das quais se senta o Tritão. Em cima passamos para o mundo terrestre, como se vê pela árvore que nasce da cabeça do Tritão, enquadrada por videiras que revestem toda a janela saliente que o monstro parece suportar.
Este monstro remete possivelmente para uma personagem da Epopeia dos Descobrimentos, os Lusíadas de Luís de Camões, que o descreve no Canto VI:
“Era mancebo grande, negro e feio, (…)
Os cabelos da barba e os que descem
Da cabeça nos ombros, todos eram
Uns limos prenhes d’água, e bem parecem
Que nunca brando pente conheceram”