IX Encontro Ibérico de Gestores do Património Mundial - SALVAGUARDA E PROCESSOS COLABORATIVOS

Salvaguarda e processos colaborativos

A salvaguarda e valorização do centro histórico de Guimarães iniciou-se, de forma sistemática, entre os anos de 1983 e de 1985. É um processo que se mantém vivo, necessário e com renovados desafios.

Nesta apresentação abordaremos alguns dos principais processos colaborativos desenvolvidos em Guimarães ao longo dos anos, em especial os processos de colaboração com a população residente, com os decisores politicos, e com os responsáveis pelas intervenções no património (arquitetos, engenheiros, conservadores, construtores, operários).

Será uma oportunidade para recordar a relevância da partilha de experiência e de conhecimento dentro da rede do Património Mundial Ibérico, e estimular novas colaborações entre cidades e práticas que enfrentam dificuldades e   oportunidades análogas.

Regeneración Urbana en el entorno del Salón Rico

Como resultado de este proceso integrador, Toledo cuenta con una nueva plaza, espacios verdes, un edificio público, cinco viviendas y un BIC –el Salón Rico- abierto a la ciudadanía. El proyecto ha seguido los principios fundamentales de la New European Bauhaus (NEB), creando espacios de forma colaborativa que no solo preservan el patrimonio histórico, sino que también promueven un entorno sostenible y accesible para todos.

Un equipo multidisciplinar ha colaborado en la investigación y difusión del valor histórico del Salón Rico, mientras que arquitectos y urbanistas ha diseñado soluciones sostenibles y estéticamente coherentes con el entorno. El Consorcio de Toledo ha basado su actuación en análisis de historiadores con el fin de que todas las intervenciones respeten el valor histórico del lugar.

Este diálogo ha permitido respetar tanto el patrimonio como las necesidades actuales y futuras de vecinos y visitantes. Las asociaciones culturales han aportado valiosas perspectivas sobre cómo integrar elementos históricos y contemporáneos.

Conservação e Sustentabilidade – A intervenção no Paço das Escolas

O IX Encontro Ibérico de Gestores de Património Mundial tem como temas de trabalho: conservação, autenticidade e sustentabilidade, aspetos basilares em qualquer intervenção em Património Classificado. Nesta comunicação é apresentado um exemplo de intervenção, levado a cabo pela Universidade de Coimbra, no Paço da Escolas, elemento nevrálgico do Bem classificado Universidade de Coimbra, Alta e Sofia.

O conjunto de intervenções em curso está enquadrado num Licenciamento Geral de 2016, tendo a intervenção física sido iniciada em 2019, prevendo-se que esteja concluída em 2025. As referidas intervenções têm como objetivos fundamentais preservar, beneficiar e salvaguardar este conjunto edificado, regendo-se pelo princípio da intervenção mínima, garantindo, assim, a integridade e autenticidade do Bem – característica determinante para a sua inscrição na Lista de Património da Humanidade da UNESCO, nomeadamente com o critério IV. Adicionalmente, as soluções técnicas definidas no âmbito de cada uma das requalificações, procuram igualmente contribuir para o compromisso da Universidade de Coimbra com o tema da sustentabilidade, em concordância com a adoção da Agenda 2030| Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas. De entre as diversas componentes da intervenção, importa destacar pela sua relevância, a recuperação de coberturas, de fachadas e caixilharias, bem como, da renovação, melhoria e otimização dos sistemas de AVAC.

O exemplo apresentado demonstra que é possível compatibilizar condicionantes complexas e objetivos exigentes, com uma melhoria significativa das condições de utilização, para todo o vasto e diverso universo de utilizadores, que inclui desde logo a comunidade académica, mas se estende aos milhares de visitantes, nacionais ou internacionais, que todos os anos visitam e frequentam estes espaços.

Salvaguardar el “know how”: Casa Vicens

Casa Vicens es la primera gran obra maestra de Gaudí, máximo representante del modernismo catalán. El edificio data de 1885 y funciona como casa museo, donde el visitante puede recorrer todas las estancias, tal y como se encontraban cuando fue diseñada. Como patrimonio de la humanidad, la principal preocupación, entorno a la que giran todas las decisiones, es que la casa mantenga su Valor Universal Excepcional. Teniendo en cuenta la casuística de la propia casa, un inmueble sin mobiliario, el proceso de salvaguarda se basa gran parte en documentar todo el “know how”. En ese sentido, y a través de herramientas digitales como NOTION o MANTEST y la colaboración transversal de todos los equipos internos y externos, estamos asentando todo este conocimiento tácito.

La idea principal es que sea quien sea el propietario, sea quien sea el gestor, sean quienes sean las empresas de servicios, se pueda garantizar, en cualquier momento, cómo debe funcionar Casa Vicens. En pocas palabras, estamos creando el manual de funcionamiento operativo de la casa, donde se incluyen procedimientos de gerencia, conservación preventiva, mantenimiento preventivo, limpieza preventiva, seguridad, jardinería y atención al cliente.

Con esto, nutrimos a la casa de un documento vivo que podrá ser modificado y consultado por futuras generaciones para entender de dónde venimos y qué camino debe seguir Casa Vicens para mantener su Valor Universal Excepcional. Un ejercicio para desprenderse del ego y reflexionar la atemporalidad del patrimonio.