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Descubra os objetos em exposição no Palácio Nacional de Sintra

Sala das Pegas

Segunda sala do Paço de D. João I e D. Filipa de Lencastre.

Esta deveria ser a sala mais utilizada para audiências régias. O único mobiliário existente seria o necessário para marcar a majestade do rei: um estrado ou tapete, uma cadeira e um dossel.

No século XIX, as audiências régias perderam importância e esta sala passou a ser utilizada para banquetes.

 

Conheça os objetos expostos nesta sala.

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Tapete

  • Pérsia, Herat, século XVI-XVII
  • Algodão e Lã
  • Este enorme tapete foi produzido no atual Irão entre os séculos XVI e XVII, onde eram fabricados os tapetes mais luxuosos. Servia para marcar a área da majestade régia nas salas onde o rei ou a rainha davam audiência. Subir ao tapete podia significar uma maior aproximação a quem estava no topo da hierarquia
  • Nº Inv. PNS3570
Lareira 790X593px

Lareira

A lareira de mármore foi oferecida pelo Papa Leão X ao rei D. Manuel I (1495-1521), em 1515. Provém do desaparecido Paço de Almeirim. Foi instalada na Sala das Pegas em 1898, altura em que este espaço era usado como sala de banquetes.

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Azulejos corda-seca

Revestimento das paredes com azulejos realizados na técnica de corda-seca nos inícios do século XVI em Sevilha. O nome deriva da impressão de linhas no azulejo através de uma corda embebida em óleo de linhaça para impedir que as cores se fundissem durante a cozedura.

Tecto Pegas 790X593px

Pintura de teto

A pintura do teto, que é considerada a mais antiga do Palácio, dá o nome a esta sala. Nele figuram 136 pegas com a divisa de D. João I (1385-1433), “por bem”, e uma rosa, numa possível alusão à Casa inglesa de Lancaster, à qual pertencia a rainha D. Filipa de Lencastre (1360-1415).

Poder

A organização de salas no Paço de Sintra refletia uma hierarquização social encabeçada pelo Rei e pela Rainha.

Este núcleo corresponde ao Paço Real construído no reinado de D. João I (1357-1433) e de D. Filipa de Lencastre (1360-1415). Começa na Sala Grande, à qual podiam aceder todos os que entravam no palácio. O acesso às divisões seguintes era gradualmente seletivo, culminando na Câmara do Rei ou da Rainha. Só alguns membros da alta nobreza, do clero ou embaixadores importantes poderiam aí entrar.

Nenhuma destas salas tinha uma função específica. Era a posição social de quem aí era recebido que definia o seu uso, tornando as relações de poder visíveis no dia-a-dia. A disposição do mobiliário era alterada para se conformar a uma encenação de poder desejada, ou para se adequar ao estatuto social das pessoas presentes.